T03 Ep15 O caso Morro do Boi

 






O Caso

 

 

                Osiris Del Corso tinha 22 anos. Os amigos o chamavam de Zizi. Era filho de Sérgio Del Corso e Zélia Del Corso, que tinha também uma filha, irmã de Osiris, a Isis.  Ele era um apaixonado por natureza, era músico, praticou escotismo, em 2002 tinha feito um intercâmbio na Nova Zelândia e em 2009, estava morando em Curitiba e estudando Direito.

 





                Ele namorava Monik Pegorali Lima quase 5 anos, os dois se conheceram em uma aula de capoeira.  Ambos eram presidente e vice-presidentes do Rotary Club de Curitiba.

 





                O Rotary é uma organização norte americana que presta serviços voluntários na educação, saúde, paz. O Osiris e a Monik faziam diversos trabalhos voluntários em comunidades de Curitiba. De plantar arvores a arrecadas cestas básicas e naquele ano, ele estava trabalhando em um projeto de criação de uma biblioteca itinerante.

 













                A Monik já fazia parte do Rotary desde os 13 anos, quando entrou para o Interact, para jovens até os 18 anos.

 

                Monik tinha 23 anos. Sua mãe, morava em João Pessoa e seu pai, um advogado criminalista, morava no Mato Grosso do Sul. Ela era uma esportista. Jogava capoeira, lutava muai thai e era faixa preta em jiu jitsu. Além disso, estudava na PUC PR, Farmácia e Educação Física e fazia alguns trabalhos como modelo.

 





                No último fim de semana de janeiro de 2009, os pais de Osiris decidiram ir para a praia de Caiobá, na cidade de Matinhos, no litoral paranaense, perto de Guaratuba. Eles convidam Osiris e Monik pra irem juntos e eles topam, um tio de Osiris, o Orlando ia também com a família, com os filhos pequenos, então os dois decidem irem também.

 





                Eles vão no dia 30, na sexta. A intenção do Osiris e da Monik era ficarem com a família dele no sábado e no domingo, teria um jogo do Athletico Paranaense, time de coração da Monik, em Paranaguá e eles queria ir ao jogo de manhã cedo.

 

                No sábado, no fim da tarde, os sobrinhos do Osiris queriam jogar futebol na praia e a Monik estava animada pra brincar com as crianças. Ali perto da praia, tinha um morro muito conhecido na região, que as pessoas iam fazer trilha, o Morro do Boi.

 

                O Morro do Boi tinha 160 metros de altura. Havia uma trilha no Morro que dava na praia dos amores e como já estava perto do fim do dia, o Osiris convida Monik para irem ver o pôr do sol lá de cima da pedra.

 









                O próprio Osiris já tinha feito essa trilha algumas vezes, era perto de onde eles estavam e fácil também tinha uma vista linda das praias.          

 

                Eles saíram de casa mais ou menos umas 4 da tarde e avisaram que iam pro Morro do Boi.

 

                No começo da trilha, Monik e Osiris encontram um homem com cabeça baixa, parecendo estar se sentindo mal. Quando os dois passam por ele, o homem puxa uma arma e aponta para as costas deles e foi direcionando os 2 até uma gruta. Ele mandou que eles entrassem, ficasse cada um de um lado no fundo da gruta e ficou pedindo dinheiro. Manda os dois tirarem os shorts e jogarem na direção deles, que estava na entrada da gruta.

 






                Dentro do short de Monik tinha R$90, que o homem pega.

 

                Ele manda então que os dois tirem a roupa toda, ficando só de roupa intima.  Osiris faz um movimento de ir até Monik e o homem começa a atirar. Osiris é atingindo no peito e morre na hora. Monik mesmo sem ter reação, sem revidar é atingida também por tiros, um deles passa pela medula óssea, diafragma e pulmão. A bala entrou e estourou dentro dela.

 

                Assim que cai no chão, a Monik já não sente as pernas e não consegue se mexer.

 

                Sem sucesso, ela tenta conseguir alguma reação ou movimento do Osiris, chamando por ele.

 

                Passado algumas poucas horas, quando já tinha anoitecido, o homem volta, no escuro da gruta, a Monik percebe que ele mexe no Osiris e ela joga pedrinhas do chão nele, pra que ele saísse de perto. Vendo que ela estava viva, ele tenta a sufocar com um chapéu que ela usava. Ela não sente, mas tem a impressão de que ele está tirando a calcinha dela, mexendo nas partes intimas dela.

 

                Do lado de fora da gruta, alguma coisa faz um barulho alto que assusta o homem, fazendo ele ir embora.

 

                As próximas horas foram de agonia. Monik não sabia se gritava ou não, com medo do homem voltar, também sangrava muito, precisava dar um jeito de parar de perder sangue. Os dois tinham levado toalhas com ele e com uma delas, ela tenta amarrar no braço o mais forte que conseguia para fazer tipo um torniquete e estancar o sangramento.

 

                Ela já estava ficando sem forças, mas tentava chamar por socorro sempre que achava ter ouvido algo e tentava não dormir, porque sabia que se dormisse, poderia nunca mais acordar.

 

                A família do Osiris, acha estranha a demora deles voltarem. Só uma subida no morro não demoraria tanto assim.

 

                Logo pela manhã bem cedo do dia seguinte, Sergio e Orlando, pai e tio de Osiris, sobem o Morro do Boi gritando os nomes de Monik e Osiris, eles não ouvem ninguém respondendo, nem veem os dois. Desceram e foram direto para a delegacia de Matinhos, olharam em hospitais e por telefone, Sérgio aciona os bombeiros que mandam um helicóptero sobrevoar o morro e junto com uma equipe dos bombeiros que sobe a pé, vai o Sérgio e o Orlando.

 

                E é Orlando que acha a gruta e ouve quando Monik grita. Ele entra na gruta com o Sérgio vindo atras. Quando ele entra, vê os dois no fundo da gruta, tira a camisa, cobre o corpo da Monik que estava quase nu e corre pra fora da gruta pra tentar segurar Sérgio de ver o filho morto.

 

                Já tinham se passado 18 horas.

 

                A Monik é retirada do morro pelos bombeiros e levada de helicóptero em estado gravíssimo para um hospital em Paranaguá. Quatro dias ela precisou ficar respirando por aparelhos, depois de perder uma parte de um dos pulmões.

 





                A polícia com a perícia volta depois ao local para recolher evidências e uma blusa amarela com o que parecia sangue é achada próximo ao local e enviada para o Instituto de Criminalística ser analisada.

 

                Osiris foi enterrado no Cemitério Parque Iguaçu no dia 03 de fevereiro pela manhã sob uma forte cobertura da imprensa local e diversos protestos de amigos e familiares.

 





                Quando o quadro de Monik melhorou, ela foi transferida para o Hospital Vita em Curitiba, mas os médicos estavam com poucas esperanças de que ela voltaria a andar. O dano na medula tinha sido significativo, o tiro da arma calibre 38 entrou pelo lado esquerdo do corpo entre as 7ª e 8ª vertebras torácicas, a probabilidade era ficar sem os movimentos das pernas, paraplégica.

 










                 A missa de 7º dia de Osiris ocorreu na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora no bairro Mercês em Curitiba, no dia 06 de fevereiro. Dois dias depois, aconteceu uma passeata realizada pela família de Osiris e de Monik, pedindo paz. A passeata começou na Praça Santos Andrade e foi até o Largo da Ordem, uma distância de um pouco mais de meio quilometro. Lourival Pegorari, pai de Monik fez uma homenagem ao Osiris e agradeceu a tentativa dele em salvar sua filha e de que ambas as famílias agora eram uma só.




 







                O delegado responsável pelo caso, Luiz Alberto Cartaxo, ouviu o relato de Monik na UTI e ela fez uma descrição do agressor: homem branco, alto, pesando mais de 100kg, calvo. Com a descrição foi feito um retrato falado que foi amplamente divulgado.

 









                Chegou uma informação para a polícia, sobre uma pessoa, um homem, que tinha saído da prisão recentemente e que tinha características muito parecidas com as que Monik repassou e que estava no litoral nos dias do crime, ele era de Curitiba e tinha respondido por um crime semelhante, um crime violento.

 

                E aí no dia 17 de fevereiro de 2009, um homem foi preso em Balneário Santa Terezinha em Pontal do Paraná, longe uns 15 km de Matinhos, sentido São Paulo. O homem se chamava Juarez Ferreira Pinto, de 42 anos e a polícia chegou nele através de uma denúncia anônima.

 







                Uma foto de Juarez e de outros homens, foi mostrada para Monik e ela identificou sem sombra de dúvidas o Juarez. Além de fotos, ela também ouviu diversas gravações de vozes e identificou entre elas, qual era a de Juarez. Com essa identificação positiva, a polícia que já tinha ele preso em prisão temporária, pede que seja estendida e vire prisão preventiva de 30 dias. Ele também tem amostra de sangue colhida para comparação com a blusa encontrada no Morro do Boi.

 

                O inquérito policial relativo a Juarez é concluída no dia 26 de fevereiro e encaminhado para o Ministério Publico oferecer a denúncia.

 





                O Juarez era de Curitiba e estava trabalhando no litoral limpando carrinhos de chope que uma distribuidora de bebidas disponibilizava na praia. Ele era solteiro, não tinha filhos, morava em um sobrado de 3 quartos, sala, cozinha, banheiro no Balneário Santa Terezinha, que ele dividia com outras pessoas.





                Ele também revendia drogas e já havia cumprido 2 anos e meio por tráfico.

 

                O exame de DNA no sangue da blusa achada, que já não tinha sido reconhecida pela Monik como sendo do homem que os ameaçou e matou Osiris, deu negativo para DNA das pessoas envolvidas no crime.

 

                Juarez foi indiciado por homicídio, latrocínio e atentado violento ao pudor.

 

                As primeiras notícias divulgadas sobre o caso diziam que Monik havia sido estuprada o que depois ela negou. Como eu disse, ela lembrava que quando ele voltou tentou a sufocar e tirou a calcinha dela não chegando a violentá-la porque se assustou com o barulho de fora da gruta. Então não era estupro, mas ela tinha sido molestada.


Após 22 dias internada no Hospital Vita, a Monik foi para Brasília, para ser atendida na Rede Sarah, um hospital de referência em reabilitação medular.

 





A polícia apreendeu um caderno na distribuidora em que Juarez trabalhava onde anotações dos funcionários eram anotadas. Algumas datas, justamente as que interessavam para a polícia, pareciam rasuradas. O dia 02 de fevereiro de 2009 foi riscado e colocado 31 de janeiro de 2009 onde constava o nome do Juarez, dando a entender que ele estaria trabalhando naquele dia. Uma folha parecia ter sido arrancada e vária datas estavam ratificadas.

 

Duas testemunhas também afirmavam que o viram na praia observando o que estava acontecendo enquanto o resgaste de Monik acontecia.

 

A família do Juarez alegava que por ter hepatite C e pressão alta, ele não teria condicionamento físico para subir o morro, isso incluía um irmão de Juarez chamado Altair Ferreira Pinto (guardem esse nome). O advogado de defesa dele, na época Dr. Ferreira Pinto, apresentou prontuários médicos das UBS Unidades de Saúde Básica dos bairros de Boqueirão e Uberaba em Curitiba, para demonstrar os problemas de saúde que ele tinha.

 

                Quando o juiz aprovou a prisão preventiva, Juarez foi enviado para o Complexo Médico Penal em Pinhais, no Paraná.

 





                Ele insistia ser inocente. Não conhecia o Morro do Boi, não estava lá no dia 31, não sabia do crime.

 

                Quando foi em junho de 2009, por volta do dia 25, um outro homem foi preso suspeito de ser o homem que matou Osiris e foi o responsável por deixar Monik paraplégica: Paulo Delci Unfrield. Um plot twist!

 






Paulo Delci foi preso acusado de invadir uma casa e violentar uma mulher e confessar que era o responsável pelo crime do Morro do Boi. Só que a polícia já tinha alguém preso, Monik já tinha feito a identificação e ela nunca citou ter uma segunda pessoa.

 

A imprensa local começa a dar a notícia de que o responsável do crime do morro do boi tinha sido preso, de que talvez Juarez fosse realmente inocente e por aí vai.

 

                Esse novo preso, Paulo, de 32 anos, morava há 12 anos em Matinhos com a mulher e um filho de 9 anos. Ele trabalhava como caseiro em uma casa em Praia Mansa em Caiobá e olhava algumas outras casas, como um vigia e mesmo sem ter porte de arma, andava ali pela rua armado: um revólver calibre 38. Ele morava a mais ou menos 300 metros do Morro do Boi.

 

                Ele já tinha atropela e matado um motoqueiro enquanto dirigia bêbado e preso por porte ilegal de arma.

 

                Quando ele foi detido dessa vez, foi logo após comprar de um homem, um vídeo game e uma garrucha, uma arma de cano curto, um pouco maior que um revólver. Esse homem que vendeu isso pra ele, seria o mesmo que estava com o revolver calibre 38 do Paulo, emprestada pelo Paulo para um amigo na verdade, que repassou a esse homem, isso segundo o que o Paulo depois contou.

 

                Acontece que, quando ele foi preso no dia 25, foi acusado de 5 crimes que aconteceram entre os dias 18 e 24 de junho. Ele teria cometido 4 roubos e 1 estupro. O vídeo game era da casa onde um roubo e o estupro aconteceu. A garrucha também era de um dos locais assaltados no dia 24 de junho.

 




                O revólver foi enviado para a Balística, pra se fazer um o exame de comparação para saber se, a bala que matou Osiris era daquele revólver e o exame confirmou que era.

 






                Então a polícia tinha contra ele, aparentemente, a acusação de um estupro, um revólver que já estava certo de que era a do crime do Morro do Boi e a confissão que ele assinou na delegacia.

 

                Parecia um caso fechado. Estava tudo alinhado, tudo batia, tinha-se provas forenses, confissão.... A polícia então marca um reconhecimento. Ela coloca Monik, Juarez e o Paulo juntos, pra que ela veja os dois e, vai que, vendo o Paulo ela percebe que errou na identificação lá em fevereiro. Mas não foi o que aconteceu. A Monik estava muito certa de quem havia feito aquilo com ela e ela reforçou que era o Juarez. Ela não fazia ideia de quem era o Paulo, nunca tinha visto ele na vida.

 






                Como acontece com todo preso, o Paulo precisava passar por uma audiência de custódia, que ocorre com uma juíza e ele fala também com uma promotora. E aí acontece outro plot twist.

 

                A promotora fala que, como ele confessou, quer agendar uma reprodução simulada no local, porque havia pontos na confissão dele, que não batiam com o depoimento de Monik. A história não estava batendo direito e ela achava melhor então que ele mostrasse no local, como ele fez tudo o que ele estava dizendo que fez.


                E o Paulo começa a chorar e dizer que ele não tinha feito nada, que ele foi coagido a confessar sob ameaça de que ele poderia ser morto ou que o filho dele poderia sofrer as consequências de ele não assumir o crime do Morro do Boi.

 

                Ele conta que, no dia 31 de janeiro ele trabalhou até umas 9 da noite, foi pra casa e saiu com a esposa pra um baile.

 

                O crime ele soube pela internet no computador do chefe dele que estava lendo umas notícias.

 

                O revólver 38 era mesmo dele, mas em janeiro, um colega tinha pedido emprestado e como a esposa dele estava reclamando dele está com arma em casa, ele até achou melhor emprestar pra não ter mais briga dentro de casa.

 

                No dia da prisão, ele tinha ido pegar a arma dele de volta e o homem ofereceu a garrucha e o vídeo game pra vender. Os dois combinaram de se encontrarem na praia para o Paulo pegar as coisas e pagar.

 

                Enquanto ele ia embora de carro, o carro descaracterizado com alguns policiais o parou, revistaram o carro e acharam o vídeo game e as armas e o levaram pra delegacia de Matinhos. Lá, eles o colocaram em um outro carro, levaram para um lugar cheio de mato, o ameaçaram, bateram e disseram que tinham imagens dele no Morro do Boi. De lá, o levaram para o quartel da PM de Matinhos e já começaram a dizer que ele era parecido com o retrato falado do suspeito do Morro do Boi. Essa história foi o que, segundo o Paulo, aconteceu.

 

                De Matinhos, ele foi mandado para Curitiba. Quando fazia uns 15 dias da prisão dele, o GAECO entrou na investigação.

 

                O GAECO é o grupo de atuação especial de combate ao crime organizado, ligado ao Ministério Publico que investiga tanto o crime organizado quanto também ações de controle externo da atividade policial.

               

                    E nessa investigação acontece a 3ª reviravolta desse caso.

 

                Os policiais do GAECO interrogam Paulo que pede que pra provar a inocência dele, um exame de sangue pra ser comparado com qualquer material que tenha sido colhido ou nas vítimas ou no Morro do Boi, porque ele era inocente, não ia dar match.

                 

                Enquanto o GAECO fazia o seu trabalho, Paulo tentou se enforcar na cadeia.

 

                 O advogado de Juarez tentou um habeas corpus pra tirado da cadeia no STF, que foi negado.

 

                Então a situação era de que, um crime onde a vítima sobrevivente dizia ter somente um criminoso, dois homens estavam presos. E o Paulo ainda estava respondendo pelo inquérito do homicídio culposo do motociclista, que é quando se comete um crime sem a intenção.

 

                Por falta de provas, a Justiça determinou a soltura de Paulo no dia 31 de julho de 2009.

 





                Em dezembro do mesmo ano, foi realizado na PUC Paraná um evento em homenagem a Osiris, o Prêmio Osiris Del Corso Embaixador da Paz.

 

                O julgamento de Juarez aconteceu em 2010, presidido pelo juiz Rafael Luís Brasileiro Kanayama, na Vara Criminal de Matinhos.

 

A família de Monik contratou o advogado Elias Mattar Assad para atuar como assistente de acusação. A defesa foi do advogado Nilton Ribeiro. A promotora foram Carolina Dias Aidar de Oliveira e Fernanda Maria Motta Ribas.

 





E por fim, ele foi condenado. Por latrocínio, roubo com resultado morte, ele pegou 34 anos, por roubo qualificado e lesão corporal grave, 22 anos e 8 meses e por atentado violento ao pudor, 8 anos e 9 meses, somando, 65 anos e 5 meses de condenação.

 




                E aí quem começa a defender Juarez? O Claudio Dalledone, de quem já falamos no caso da Renata Muggiati. Que batia na história de que seu cliente, o Juarez era inocente e que acabou até sendo impedido judicialmente de falar de Paulo, que ele apontava como sendo o verdadeiro culpado. Ele foi impetrando pedidos judiciais, habeas corpus pra que Juarez cumprisse a pena em casa.

 

                O GAECO finalizou a investigação acusando 5 PMs de formação de quadrilha e falsa imputação de crime, um delegado, um policial civil e um guarda municipal.

 

                O que teria ocorrido de acordo com a investigação: assim que a Monik positivou a identificação do Juarez, o irmão dele, que eu citei antes, o Altair, que era um investigador aposentado da Polícia Civil, pediu ajuda a alguns PMs do 9º Batalhão de Polícia Militar em Paranaguá e ao delegado de Matinhos para que fosse armado uma prisão em flagrante do Paulo com a arma do crime e assim inocentar o irmão dele.

 

                Altair, que tinha contatos com a imprensa, solta pra alguns deles, sobre esse novo suspeito e começa a pipocar as notícias, implantadas por ele.

 






                O GAECO organizou uma operação, batizada de Posseidon para prender todos os suspeitos em junho de 2011.

 

                Eram o Altair Ferreira Pinto, o delegado titular de Matinhos, José Tadeu Bello, os policiais militares Edison Pereira, Edmildo da Silva Mesquita, Paulo Roberto da Graça, Rodrigo Alves Barbosa Renato Pereira da Silva, o guarda municipal de Matinhos, Marcelo de Mello e Dirceu Killian de Paulo Fideles, conhecido como Gaivota, o homem que revendeu o vídeo game e a garrucha para o Paulo, que já estava preso por tráfico.

 

                Altair foi preso no dia 16 de junho junto com o delegado José Tadeu. Eles, assim como os PMs ficaram presos em Curitiba.

 

                Todos passaram por processos administrativos, exceto o Gaivota claro.  Quatro de todos os presos, foram reintegrados as corporações.

               

                O pedido de Dalledone de prisão domiciliar acabou sendo concedida em dezembro de 2014. O Juarez estava na Casa de Custódia em Curitiba e saiu com tornozeleira eletrônica.

 

                Porém o pedido terminou sendo revogado em setembro de 2017 pela 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba.

 

                O Juarez faleceu no Complexo de Pinhais no dia 14 de abril de 2018. A causa divulgada foi um mix de coisas, HIV, a hepatite C e a cirrose hepática alcoólica que ele tinha.

 

                Até 2012 Monik morou em Curitiba, mas mudou-se para João Pessoa onde a mãe morava e poderia cuidar dela.

 

                Ela passou para a Universidade Federal da Paraíba para estudar Farmácia de novo, depois de ser jubilada da PUC. Acabou sofrendo um acidente em 2022, enquanto ia para o estágio que a deixou acamada por 6 meses.

 

                Ela hoje continua fazendo parte da torcida organizada Ultras do Atletico Paranaense, vai a todo jogo que acontece no Nordeste.

 

                Também faz fisioterapia e outros tratamentos diariamente, com fé de que ela vai recuperar o movimento das pernas e vem evoluindo bem nos últimos 15 anos. Mantem contato muito próximo com os pais de Osiris, com a família inteira dele e estudou Música, que Osiris amava, ela aprendeu a tocar diversos instrumentos, como ele tocava.

 











                Uma rua no bairro Cajuru em Curitiba recebeu o nome de Osiris em uma homenagem da cidade a ele.

 




Fontes de Pesquisa

  Correio Braziliense   

Tribuna Parana

Beto Ribeiro Crime S/A

Youtube

G1

JusBrasil

Terra

Terra

Gazeta do Povo

Gazeta do Povo

Rotary Brasil

Ministerio Publico PR

Guia Geo Parana

Gazeta do Povo

Governo Parana


Comentários

Postagens mais visitadas