T03 Ep06 O caso Corumbá

 O caso






        Josenilda Ribeiro Lima assistia ao Fantástico quando uma reportagem chamou sua atenção. Falava sobre um serial killer preso no Pará e que confessou ter assassinado 6 mulheres, uma delas na Bahia.

 

        Algo em Josenilda dizia, que sua filha, Simone Lima Pinho de 26 anos, era a vitima da Bahia.

 

        Elas moravam em Salvador e em junho de 2000, saiu de casa para viajar até a cidade de Lençois, passar o São João. Deveria voltar antes do fim do mês, mas nunca voltou.

 





         Josenilda procurava pela filha desde o primeiro dia do seu desaparecimento, quase 1 ano antes daquela reportagem. E por mais que ela ainda tivesse esperanças de reencontrar a filha viva, ela procurou a delegacia que estava com o caso e disse que acreditava que talvez aquela vitima que o preso falou, fosse Simone.

 

         Alguns dias depois, o delegado Walter Seixas conta pra Josenilda que a vitima foi assassinada em Lençois. Ela forneceu uma foto da filha que foi encaminhada para São Luis, onde o homem estava detido.

 

         Ele a reconhece. Era a mulher que ele assassinou.

 

        Simone tinha sido vitima do serial killer conhecido como Corumbá: José Vicente Matias.

 





         José nasceu no dia 24 de setembro de 1966 em Firminopolis, Goias, uma cidade a mais de 110 km de Goiania, com uma população de mais ou menos 13.604 pessoas, uma cidade bem pequena.

 

         Ele era o filho mais novo de 7 filhos. Seus pais se separaram quando ele tinha 5 anos. Ambos os pais, o abandonaram. Ele então passou a viver na rua, um pouco na casa de um padrinho. Seu desempenho escolar era péssimo e na adolescência, decidiu ir embora de Firminópolis e viver como um andarilho.

 

         Algumas fontes relatam que José Vicente começou o uso de substancias ilícitas aos 11 anos, depois de descobrir que a mãe tinha se tornado dona de uma casa de garota de programas.

 

         Virou hippie e para ganhar algum dinheiro, vendia bijuterias feitas por ele mesmo.

 

         Entre essa época em que ele começou a andar pelo pais ate o dia do primeiro assassinato, não se sabe muito, justamente por ele ter uma vida nômade, pulando de cidade em cidade, nunca ficando no mesmo lugar por muito tempo. Ele teria sido preso em 1998, por 2 estupros na cidade de Rio Quente, Goias, mas ele fugiu da cadeia.

 




         Sabemos que, em setembro de 1999, ele estava na cidade de Três Marias, em Minas Gerais.

 

         Estava acontecendo na cidade um carnaval fora de época e Corumbá, como ele gostava de ser chamado, vendia seu artesanato.

 

     Natalia Canhas Carneiro, de 15 anos, estava na festa da cidade. Enquanto ela conversava com um grupo de hippies, Corumbá chegou. Ele a chamou pra conversarem em outro lugar e eles se afastaram do grupo. Era o dia 04 de setembro de 1999.

 




         O corpo de Natalia foi encontrado 32 dias depois em uma gruta, com uma pedra na vagina, lesões no crânio e sinais de violência sexual.

 

         Corumbá só foi embora de Três Marias quando o carnaval fora de época terminou.

 

         Posteriormente ele relatou que conheceu Natália em Guarapari, no Espirito Santo e que a motivação do homicídio foi vingança por ela ter o roubado lá. Mas nada prova que ela tivesse ido ao Espirito Santo ou que já o conhecesse.

 

         Ele continuou andando e foi parar na Bahia.

 

         Novamente era época de festa. Lençois, uma cidade no interior da Bahia estava comemorando o São João.

 

         Simone, de quem falamos no começo, tinha ido pra cidade no dia 16 de junho de 2000 e deveria voltar no dia 28.

 





         Ela foi atacada em uma trilha e morta a pauladas depois de ter seus braços amarrados com um cipó, seu pescoço mordido até que saísse sangue pra que ele o bebesse.

 

         Por alguns anos, não se sabe se ele fez vitimas fatais, mas em 2001, foi acusado de estuprar 2 mulheres na cidade de Colinas do Sul em Goias. Até que 2004 começou.

 

         Corumbá e Lidiayne Vieira Melo, de 16 anos, se conheceram no fim do ano de 2003 mas só viram de novo em janeiro de 2004.

 




         Ele estava alugando um quarto no bairro Vila Mutirão II, em Goiânia e chama ela pra irem até la beber, segundo ele.

 

          Ele tinha 37 anos.

 

         De acordo com ele, os dois ficaram bebendo e usando drogas durante a noite e no dia seguinte tambem.

 

         Os dois dormiram e quando ele despertou, uma voz mandou que ele a colocasse no chão deitada em posição de cruz e a cortasse. Ele então colocou velas pela casa, como em um tipo de ritual. Saiu um pouco pra andar pelo bairro e pensar em como ele faria o que a voz ordenou.

 

         Ao voltar, Lidiayne ainda dormia, devido ao efeito das substâncias entorpecentes.


         Corumbá a deitou e a esganou.

 

         Depois de te-la asfixiado, começou a tentar esquarteja-la. Só que não conseguiu cortar todo o corpo. Ele decapitou a menina e cortou as pernas. Durante esse processo, pegou o sangue e o bebeu. Não muito, mas o suficiente pra que ele alcançasse a felicidade completa que a voz disse que ele conseguiria ao beber o sangue dela.

 

         Ele coloca a cabeça em um saco plástico e o resto do corpo envolto em uma colcha. Poe tudo em um carrinho de mão e empurra até um córrego próximo, chamado Corrego Fundo. O corpo foi deixado em um local e a cabeça, há uns 500 metros de distancia mais ou menos.

 

         A próxima vitima de Corumbá foi a russo-israelense Katryn Rakitov, de 29 anos.

 





         Katryn era filha única de uma bibliotecária e um instrutor de auto escola, moradores da cidade de Haifa, uma cidade portuária em Israel.

 





         Ela prestou serviço militar e quando terminou saiu pelo mundo viajando, o que ela amava.

 

         Estava morando em Londres quando conheceu uma brasileira que a convidou para o seu casamento, em Piracicaba, São Paulo. E ela aceitou o convite e veio ao Brasil.

 

         Aqui, ela passeou pelo Rio, Minas e foi para Pirenopólis, em Goias.

 




         Depois de chegar em Pirenópolis, não se viu mais Katryn.


         Sua ultima ligação para a família foi realizada de um orelhão, um telefone publico, em abril de 2004.

 

         Desesperada, a família contratou um investigador particular, Robson Feitosa.

 




         O primeiro passo de Robson foi ir traçando os últimos passos conhecidos de Katryn.

 

        Perguntando por Pirenópolis, descobriu que ela foi vista pela ultima vez conversando com um hippie que vendia artesanato no centro da cidade.

 

         Mas Corumbá já estava bem longe de Goias. Estava no Maranhão.

 

         Sua próxima vitima foi a turista alemã Maryanne Kern, de 49 anos.






         Não sabemos muito sobre a vida de Maryanne antes dela estar em Barreirinhas no Maranhao.

 

         Infelizmente, seu caminho cruzou com o de Corumbá. O corpo dela foi encontrado em uma cova rasa na areia de uma praia de Barreirinhas, em estado já avançado de putrefação, rosto desfigurado e queixo, deslocado.

 





            A vida e as andanças de Corumbá pelo Maranhao continuaram.

 

            E em 2005, Corumbá mata novamente.

 

         Nubia Fernandez Collada, de 27 anos, estava hospedada em uma pequena pousada, na rua do Sol, Centro de São Luis do Maranhao.

 





         O corpo da espanhola foi encontrado, na praia de Itatinga,  cidade de Alcantara, há 18 km de distancia de São luis, do outro lado da Baia de São Marcos, assassinada a pauladas.

 

         Contudo, todavia, a policia viu, no caso de Núbia, muitas semelhanças tanto no local de crime quanto no corpo, com o assassinato cometido em 2004, em Barreirinhas, o caso de Maryanne. E essas semelhanças levou a policia a pensar se talvez, um assassino em serie estivesse pela região. De novo.

 

         Acho que até vale lembrar que, em 2003, uns 2 anos antes, o Francisco da Chagas, tinha sido preso, após emascular e matar vários meninos.

 

         Então, a policia do Maranhao ainda estava trabalhando em um caso de repercussão de um serial killer, o que os deixou mais atentos aos detalhes de crimes de homicídios.

 

         Eles seguem pistas de testemunhas que afirmavam terem visto Nubia com um hippie que se apresentou como Pedro e que estava hospedado em uma pousada pequena na Rua do Sol no Centro de São Luis. Na pousada os funcionários contaram que ele foi com um para Alcantara. Na cidade histórica, cheia de lindas ruinas, pessoas disseram ter visto um homem com aquelas caracteristicas com uma turista espanhola. E que esse homem, voltou depois, mas dessa vez sozinho.

 

         Começa a procura.

 

         Um retrato falado é produzido e espalhado pela cidade.

 





         E atraves dele, a policia chega até Valeria Augusto Veloso.

 

         Valéria namorou Corumbá em 2002. Ela estava separada do marido, Constâncio Pereira com quem tinha 3 filhos pequenos que ficaram com o pai.

 




         Pra se sustentar, Valéria foi vender sanduiches naturais em uma feira de artesanato aos domingos, em uma cidade de Goias, não achei o nome exato da cidade.


         Ela se apaixonou pelo andarilho ao ponto de vender tudo que tinha e ir com ele. Por 4 anos andaram por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Bahia, Piaui e Maranhão.

 

         Algumas vezes durante esse periodo ela voltou em Goias para ver os filhos.

 

         Mas a relação deles foi se deteriorando. Corumbá a ofendia, ameaçava, escondeu suas coisas para que não saísse de perto, a agrediu. Eles estavam em Barreirinhas no Maranhao quando ela cansou e pediu ajuda ao ex marido para ir embora.

 

         Quando Maryanne foi morta, ela ainda estava em Barreirinhas.

 

         A policia já tinha a certeza de que José Vicente Matias era o suspeito que eles procuraram e uma denuncia anônima, forneceu a localização dele.

 





         Uma equipe chefiada pelos delegados Paulo Márcio Tavares da Silva e Marco Antonio Rangel de Pinho, ambos de São Luis, de 8 policiais, vão ate o Pará, prender José Vicente na cidade de Bragança.

 

         Ele estava em um casarao abandonado onde grupos de hippies costumavam ficar abrigados. Ao receber voz de prisão, não ofereceu qualquer resistência. Era 29 de março de 2005.

 

         Preso, foi levado imediatamente a São Luis e confessou tudo.

 




         A primeira justificativa dele para os crimes seria o Diabo. Isso mesmo que vc ouviu.

 

         Segundo ele, ao passar por um portal na cidade de Rio Quente, em meados de setembro de 1999, ele começou a ouvir uma voz e ver o próprio Diabo.

 

         E o capiroto, mandou que ele matasse 7 mulheres. E não só as matasse. Ele precisava beber o sangue delas e comer um pouco dos seus cérebros.

 

         Um homem com pele de escama de peixe, explicou que ele precisava levar todas elas pra um lugar longe, passar o sangue delas no corpo dele, rachar seus crânios e comer, morde-las. Já mais tarde na fase de instrução para um dos julgamentos, o homem com escama virou um senhor de barba branca e chapéu e orelhas pontiagudas.

 

         Ele tinha matado 6 e se preparava para a matar a sétima em Belem.

 

         Para mata-las, ele usava pau, pedra ou esganava. Os corpos erram deixados sempre nus e perto de agua, fosse rio, cachoeira, córrego. Coberto com areia ou pedras.

 

         No primeiro interrogatório ele confessou 3 homicidios, os de Katryn, Maryanne e Nubia. Só em outros interrogatórios falou sobre as mortes de Lidiayne, Natalia e Simone.

 

         Para encontrar os corpos ele desenhou mapas pra policia. E mapas bem detalhados.


         As confissões começaram com Nubia, a ultima vitima.

 

         Ele a teria conhecido na Pousada Três Irmãos em São Luis. Juntos, pegaram o catamarã para Alcantara na manha do crime.

 

         Tiraram fotos, andaram pelas ruinas e foram pra praia de Itatinga.

 

        Ele disse que a matou porque ela o agrediu. Ele a amarrou mas ela se soltou e começou a gritar, então precisou a matar. Ele fez uma fogueira na praia e ficou a noite inteira com o corpo. Ela foi morta com um golpe forte na cabeça.

 

         Essas mulheres teriam zombado dele, riram de uma impotência sexual momentânea que ele teve.

 

         Entao, já não teria sido so o Diabo.

 

         Com a Maryanne ele ficou alguns dias na Praia de Atins usando drogas com uma outra conhecida. Só que ela, começou a rir dele, depois de tentarem fazer sexo e ele não conseguir. E ela ria na frente de outras pessoas, o que o fez perder a cabeça e a matar.

    






         Ele comeu seu cérebro e bebeu seu sangue.










 

         Logo após sua prisão, um outro homem tambem foi preso. Kelson Nunes Campos foi pego com um cartão de Nubia. Ele conseguiu sacar mil reais da conta dela e uso o cartão de credito em uma compra de R$600. A policia não conseguiu ligar os dois homens na pratica dos homicídios mas Kelson alegou que recebeu o cartão de um homem que ele conheceu na rua e deu as caracteristicas desse homem , que era José Vicente.

 

         Lembram do investigador Robson? 


        Ele continuava a sua busca por Katryn e pelo hippie e bem na época em que Corumba foi preso no Maranhao, Robson descobriu a prisão dele, que alegava ter matado uma alemã, uma espanhola e uma israelense.

 

         Chegando em São Luis, Robson reconheceu a bolsa que Corumba usava: era de Katryn. A mesma bolsa que ela usava no dia em que foi vista pela ultima vez e que tbm usava em diversas fotos.

 




         O Corumbá confessou que a matou, mas deu duas versões diferentes. Na primeira, a voz ordenou. NA segunda, os dois estavam namorando. E foram dar um passeio na Cachoeira das Andorinhas. A Katryn e ele foram ate o pico da cachoeira pular. Ao pular, ela bateu a cabeça e se machucou. Ele tentou socorrer e andou com ela por 2 km, mas ela estava agonizando e pra acabar com o sofrimento e dor que ela estava sentindo, pediu desculpas a ela e a pedradas, terminou de mata-la.

 

         Até aquele momento o corpo dela não tinha sido encontrado então Corumbá fez um mapa do local, perto da cachoeira, de onde o corpo estaria.

 




         Katryn foi encontrada em abril de 2005. Os documentos dela foram encontrados na trilha da Cachoeira. Só havia uma ossada ja, identificada como sendo de Katryn atraves da arcada dentaria.

 

         Ele tambem chegou a dizer que roubou 15 mil reais dela.

 

         Sua ossada foi enviada para Israel.

 

         Preso no Maranhao, ele reconheceu Simone Pinho atraves da foto que a mae enviou, mas mesmo com o mapa que ele mesmo fez, a policia não estava conseguindo encontrar o corpo então ele foi levado até Lençois.

 

         A busca foi feita pela policia seguindo a direção dele e a mae de Simone, a dona Josenilda estava junto.

 




         O corpo de Simone foi encontrado no dia 14 de dezembro de 2005, mais de 5 anos depois do seu assassinato.

 

         Ela estava em uma gruta de garimpo. Sua identificação precisou ser feita pela aparelho dentário que usava.

 

         Em uma entrevista, Josenilda falou sobre como foi estar lá, no local que a filha foi pela ultima vez e onde encontrou a morte. E mais ainda, de estar lá com quem a matou brutalmente. E ela o perdoou, ali mesmo.

 


 

“ Voce tirou a pessoa que eu mais amava na vida. Mas de coração, eu peço a Deus para que ele te perdoe.”

 


 

         Isso foi o que ela disse a ele, logo depois de encontrarem os ossos de Simone.

 

         Josenilda terminava a sua busca.

 

         Em 2001, ele chegou a fundar uma ONG, chamada Simone Pinho, que existiu ate 2008 e que conseguiu ajudar varias mães a localizarem seus filhos. Foram 700 pessoas encontradas.

 

         O enterro de Simone aconteceu em 2006.

 

         Josenilda escreveu um livro chamado “Na trilha da esperança”, contando sua procura e a sua luta para fazer justiça a filha.

 

         Em julho de 2013, foi sancionada na Bahia, a lei Simone Pinho, que instituiu o Cadastro de Estadual de Pessoas Desaparecidas.

 

         O primeiro julgamento dele aconteceu em junho de 2008.

 

         Pela morte de Lidiayne, ele foi condenado a 23 anos. 21 por homicídio triplamente qualificado e 2 anos por ocultação de cadaver.

 




         Depois dessa condenação ele foi transferido do Maranhao para a penintenciaria Odenir Guimaraes em Aparecida de Goiania.

 

         Nesse julgamento, a defesa apresentou laudos psicológicos que atestavam transtorno de personalidade antissocial, mas que não fornecia base suficiente para pedido de inimputabilidade.

 

         Por ter sido condenado a mais de 20 anos, ele tinha o direito de solicitar novo julgamento. E ele pediu.

 

         Um novo pedido de exame psicológico foi realizado pelo juiz de Goias, que viria a presidir o próximo julgamento de Corumbá e ele foi submetido a exame na Junta Médica Oficial do Tribunal de Justica de GOias.

 

         O segundo julgamento foi o de Katryn, em agosto de 2016.

 

         Esse caso teve um leve plot twist. Ele foi condenado a 27 anos por latrocínio. Lembram do dinheiro que ele disse ter roubado, bolsa que tava com ele tudo o mais. Só que, depois, essa tipificação passou para homicídio doloso, já que não havia nada suscinto que provasse o latrocínio. Entao houve outro julgamento, pelo qual ele passou e foi condenado novamente. Mas de 27 anos, a pena passou para 24 anos.

 

         Na sentença o juiz fala:

 


 

“as circunstancias do crime são graves, tendo o reu agido com extrema violência bem como praticado atos repugnantes como lamber o sangue da vitima e passar o mesmo em seu corpo.”

 


 

         O terceiro julgamento começou em maio de 2018, era a morte de Nubia. Foi condenado a 22 anos, 4 meses e 15 dias em regime fechado.

 




         Ainda faltam José Vicente Matias, o Corumbá, ser julgado pelas mortes de Simone e Natalia. No caso de Natalia, em agosto de 2022 foi decido que ele iria a juri popular mas ainda não há data.

 

         Atualmente, ainda preso, nega os crimes e diz ter sido coagido a assinar todas as confissões.

 

      



Fontes de Pesquisa


Wikipedia

G1

G1

Aventuras na História

Metropoles

Youtube

Youtube

Jornal Opção

Correio 24 Horas

UFBA

Canal Ciências Criminais

Imirante

Uol

O Popular

Uol

Senado

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