T02 Ep19 O caso Lucélia Rodrigues

 O caso 







            Joana D’Arc da Silva, uma diarista e Lourenço Rodrigues Ferreira, vendedor de pastel, doces, tiveram além de outros filhos, Lucélia Rodrigues da Silva, nascida no dia 01º de novembro de 1995. Algumas fontes dizem que juntos, eles tiveram 7 filhos, mas a própria Lucélia sempre se refere a 3 somente.

 



Joana D'Arc da Silva


Lorenço Rodrigues Ferreira




            Quando Lucélia estava com 7 anos, seus pais se separaram. Joana chegou a denunciar Lourenço por agressão. A convivência entre os dois tornou-se difícil, com diversas brigas, ofensas.

 

            Depois da separação dos pais, as crianças sempre se dividiam entre a casa dos dois. Uma semana na casa de um, a outra na casa de outro. O pai casou-se novamente. A mãe tambem.

 

            Em um momento, todos os irmãos foram morar com o pai. Mas, ele, acreditando que por ser menina, Lucélia, viveria melhor com a mãe, pediu que Joana ficasse com a menina.

 

            Ela, a mãe e o padrasto foram morar em um barracão de 2 cômodos, na periferia de Goiânia. As coisas não ficaram nada fáceis. Mesmo não passando fome, tudo era muito difícil.

 

            A irmã de Joana, Marli, estava trabalhando na casa de uma empresária de Goiânia, dona de lojas de cosmético, chamada Silvia Calabresi Lima.

 






            Silvia Calabresi era casada há 23 anos com Marco Antônio Calabresi Lima. Eles tinham 3 filhos: Thiago, Gustavo e Matheus, naquela época, em 2006, com apenas 1 ano.

 

            O sonho de Silvia era ter uma filha menina e ao saber por Marli, da situação que Joana e a filha viviam, pede para conhecê-las.

 

            Silvia, segundo entrevistas dela posteriormente, não tinha conhecido o pai. Aos 5 anos, foi dada para uma família que a maltratou demais. Quando não aguentou mais, voltou para a mãe, mas a mãe logo morreu e ela foi para orfanatos, onde teria sido abusada sexualmente. Aos 12 anos, foi adotada por Maria de Lourdes Bianchi Arantes.

 

            Com esse histórico, Silvia dizia-se na obrigação de ajudar crianças pobres ou órfãs, para dar a outra criança a chance que ela teve.

 

            E foi nesse contexto, que Lucélia, aos 10 anos, acabou indo morar na cobertura duplex alugado pelos Calabresi, na Rua 38, Número 660, Setor Marista.

 





                Ao deixar sua filha sob os cuidados de Silvia, Joana acreditava que a filha teria a vida que ela, como mãe, não podia dar. Um bom estudo, um bom lugar para viver, uma situação favorável para crescer.

 

                E por 6 meses, a realidade era melhor do que Lucélia e a mãe imaginaram. Ela ganhou seu próprio espaço, roupas novas, caras, brinquedos, foi matriculada no Colégio Militar Vasco dos Reis, da Polícia Militar de Goiás, colocou um aparelho dentário para começar o tratamento de consertar os dentinhos, brincava na piscina do prédio, ia sempre ao playground, comia bem, comia o que ela nunca tinha comido, como um lanche do Mc Donald’s por exemplo, que parece ser algo tão simples, mas que ela e os irmãos, nunca provaram.

 

                Lucélia não poderia estar mais feliz. Matheus, o filho mais novo de Silvia e Marco Antônio, era como um irmão mais novo porque quem ela se apegou. Brincava com ele, ajudava a cuidar...

 

                Tanto a mãe quanto o pai, sempre iam a visitar. Fosse na casa de Silvia, fosse na escola.

 





                A mãe, acabou indo morar em Pires do Rio, a 145 km de Goiânia, com o marido e perguntou se a filha não queria ir. Lucélia, decidiu ficar em Goiânia com a tia Silvia.

 

                O pai, que acabou mudando-se tambem, mas para mais perto, a cidade de Trindade, a 27 km de distância.

 




                Com a mudança dos pais, as visitas diminuíram. Os contatos eram feitos por telefone e esporadicamente, eles iam até Goiânia ver como a filha estava.

 

                Na cobertura, moravam além de Silvia e o marido, a mãe adotiva de Silvia, Dona Lourdes, Thiago, o filho mais velho, de 20 anos e Matheus, o caçula. Gustavo, o filho do meio, morava em São Paulo. Também na casa, existia uma empregada doméstica, Vanice Maria Novaes.

 

                Tudo começou a mudar na Pascoa de 2007. Silvia começou a acusar a menina de roubar ovos de chocolate e a ameaçou.

 

                Um pouco depois, Matheus caiu e na queda, machucou-se. Quando Silvia perguntou o que aconteceu, ele diz que Lucélia tinha o machucado. Desse dia em diante, a vida da menina de 11 anos, passou a ser um verdadeiro inferno.

 

                Ela apanhou naquele dia. Como nunca tinha apanhado. Mas ainda não seria tão ruim, como ela ainda apanharia.

 

                Silvia Calabresi passou a torturar Lucélia, com crueldade.

 

                A menina tinha tarefas domésticas a cumprir começando antes das 6 da manhã e terminando quase as 2 da manhã do dia seguinte. Caso não cumprisse uma das tarefas como deveria ou como Silvia queria que fosse feito, ela era castigada. Apanhava de cinto, de cabo de vassoura, de rodo. Seus dedos eram colocados entre o batente da porta e a porta e Silvia fechava nos dedos da menina.

 




                Com as constantes agressões, Lucélia começou a ir para a escola de blusa de moletom, para cobrir as marcas dos maus tratos.

 

                Todo dia, Silvia chegava em casa com a ideia de uma nova tortura. Alicate e tesouras, eram usados para apertar a língua da menina, até que, em uma das vezes, um pedacinho da linha foi decepada.

 

                Vanice, a empregada, passa a ser cumplice de Silvia e a tambem infligir punições a menina.




                Lucélia e Vanice tinham diários. Cada um com propósitos direcionados por Silvia. Lucélia precisava anotar todas as suas tarefas e os horários em que começou e terminou cada uma, inclusive, o tempo que levou no banheiro. O de Vanice, tinha o objetivo de fazer um check list não só das tarefas, mas das torturas. Qual teria sido aplicada, quando e se a menina tinha feito tudo da lista de tarefas. Caso ela não tivesse feito, Vanice  ligava para Silvia avisando e Lucélia, era torturada.

 






                No seu aniversario de 12 anos, Lourenço foi até o prédio levar um presente para a filha. Foi impedido de subir e Lucélia, proibida de ficar com o presente do pai.

 

                Ele vai até a escola então, vê-la. Ao saber disso, Silvia não permite mais que a menina vá a escola e por faltas, ela é reprovada.

 

                Banho só era permitido algumas vezes no mês e não no chuveiro, mas em um cano, no terraço da cobertura. Que era onde ela passava a maior parte do seu tempo.

 

                De ter sua cama para dormir, a menina passou a dormir no chão. Sem colchão, sem lençol, sem travesseiro. Fosse frio fosse calor.

 

                Por vezes, sacos plásticos eram postos na sua cabeça, amarrados e ela era sufocada até desmaiar, enquanto Vanice segurava suas pernas, para que ela não se debatesse.

 





                Chegou a ficar 4 dias sem comer. E só não morreu de inanição porque comia escondido a ração da cadela da família.

 

                Mas nada era limite para Silvia.

 

                Quando a menina reclamava de fome, Silvia a obrigava a comer as fezes da cachorrinha e beber a urina dela, com a língua.  

 

                Diversas vezes, além das fezes, ela era forçada a comer barata. Por saber que a menina tinha medo de barata, para torturá-la ainda mais, a obrigava a comer várias.

 

                As agressões físicas eram diárias. Por vezes, Silvia batia repetidamente na cabeça da menina com o salto dos seus sapatos.

 

                Em uma das torturas, depois de 70 pauladas na cabeça, 60 na nuca e 7 no estomago, contadas em voz alta, uma por uma pela menina, o corpo dela não aguentou. Silvia, vendo que daquela vez, a menina ficou muito mal, levou para o hospital, mas deixando claro que se alguem perguntasse o porquê, dela estar inchada, machucada daquele jeito, era para dizer que caiu da escada de casa.

 

                Lucélia nunca pensou em denunciar o que estava acontecendo. A mulher dizia que mataria o pai dela, torturaria a mãe como a torturava, mataria seus irmãos. E por medo, ela manteve-se calada por 1 ano e meio.

 

                Sempre que os pais ligavam ou os padrinhos, a resposta era sempre a mesma: estou feliz aqui.

 

                Em uma ocasião, Joana foi visitar a filha pessoalmente. Como sempre, Silvia ordenou que ela colocasse um conjunto de moletom. Mas a mãe achou a menina muito magrinha e os olhos roxo. Para justificar a aparência da menina, Silvia diz que ela estava ainda se recuperando de dengue.

 

                Lucélia era chamada de filha do demônio e que, era torturada para que fosse libertada dele.

 

                No dia 17 de março de 2008, antes das 8 da manhã, Lucélia, ao esquecer de secar o banheiro após o banho de Silvia, foi posta em um local que ela conhecia muito bem, chamado de Ponto. Era no terraço, onde em uma das paredes, existia uma pequena escada, no alto da parede, que dava acesso a caixa de água do prédio.

 

                Antes das 8 da manhã, Lucélia é acorrentada a escada. Com os braços para cima. Na boca, um pano velho, com pimenta e amordaçando, vários esparadrapos, que não a permita falar, gritar ou salivar. Nos pés, sacos plásticos e correntes presas por cadeado. Mas ela era pequena, os pês não ficavam totalmente apoiados no chão, somente as pontas dos dedos.

 






                As 10:25, ela ouve uma voz a chamando. Era a polícia civil.

 

                Um vizinho, do térreo, chamado Fábio Mesquita de Souza, achou estranho nunca mais ter visto a criança que os moradores da cobertura, estavam criando. Sempre a via indo para a escola e algumas vezes no playground, mas ela nunca mais foi vista. Da última vez, notou que ela estava machucada. Tentou perguntar sobre a menina, para a empregada que sempre se esquivava.





                Desconfiado, ligou naquela manhã para a polícia e denunciou suas suspeitas de que algo tinha acontecido.

 

                Não demorou muito para a polícia chegar.

 

                Quando subiram e bateram na cobertura, Vanice diz que não havia criança na casa. Os dois policiais insistiram que sabiam que havia. Vanice então conta que acreditava que ela tinha saído.

 

                A policial Jussara e o parceiro dela, deixam claro que só saíram, depois de verificarem a casa.

 

                Vanice permite que eles entrem.

 

                No 2º andar da casa, a porta que dava acesso ao terraço estava trancada. Vanice diz que a patroa trancou e levou a chave. Com a ameaça de que, eles arrombariam a porta, Vanice então pega a chave e a abre a porta. 

 

                A direita da entrada, Jussara vê Lucélia, amarrada, na escada. Sem acreditar no que estava vendo.

 




                A imagem de Lucélia, gravada assim que encontrada, como prova das condições em que ela estava, rodou o país.

 

                Silvia, que não estava quando a polícia entrou na casa, chegou, talvez avisada por Vanice. Foi presa na entrada do prédio.

 

 




                Depois de relutar, com medo do que Silvia faria se soubesse que a polícia estava lá, Lucélia acaba contando todo o sofrimento pelo qual vinha passando no último 1 ano e meio e mostra onde ficavam os objetos usados para a tortura.

 




                Ela estava a dias sem comer nada, então os policiais dão a ela um pouco de leite, algo para comer.

 

                Os crimes cometidos contra Lucélia, são considerados um dos 30 casos mais chocantes do país.

 

                E na semana seguinte, outro caso envolvendo uma menina, de apenas 6 anos, chamada Isabella Nardoni, deixaria o Brasil inteiro estarrecido.

 

                Eram no mesmo mês, casos de crimes bárbaros contra crianças. Um cometido por alguem que prometeu aos pais, cuidar e proteger. Outro cometido pelo próprio pai e madrasta.

 

                Depois do resgate, Lucélia foi para a Casa Abrigo Nove Luas, no Centro de Valorização a Mulher.

 







                Seus pais descobriram o que estava acontecendo com a filha, pela televisão.

 

                A delegada da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, Adriana Accorsi, começa a investigação.

 

                Tanto Silvia quanto Vanice, que na época, pasmem, tinha 2 filhos, um com apenas 5 meses.

 

                Lucélia passou por uma bateria de exames no Hospital São Francisco de Assis. De acordo com os médicos, o metabolismo dela havia sido afetado, atrasando o ciclo menstrual. Ela tinha febres que vinham e iam. Cada um dos glúteos, foi identificado marcas de queimaduras, ocasionadas por ferro de passar quente. A mesma coisa na região da lombar.

               

                O couro cabeludo tinha marcas ocasionadas pelos saltos dos sapatos.

 

                O interior do nariz estava todo machucado.

 

                Ela tinha atrofia nos braços, ouvia ruídos e embaixo das unhas, a pele estava necrosada, além de apresentar um quadro agudo de desnutrição.





                Enquanto isso, as duas presas foram para o Centro de Prisão Provisória.

 

                Mas ambas se acusavam.

 

                                     

    

                Silvia negava ter cometido qualquer tortura. Dizia-se ser uma boa mãe, zelosa, disciplinadora sim, mas que jamais havia torturado a menina. Que pedia que Vanice deixasse de castigo, mas não imaginava que a empregada, fazia aquelas coisas. Ela já tinha dado empurrões, safanões, prendido os dedos das mãos e dos pés da criança na porta e usado um alicate, mas não era tortura.

 





                Já Vanice, relata ser ameaçada caso não amordaçasse a menina, passasse pimenta nos olhos dela e a ajudasse a acorrentar. Sendo sempre obrigada a fazer aquelas coisas.

               




                O marido de Silvia, Marco Antônio foi chamado a delegacia, refere que saia de casa todos os dias as 6:30 e só voltava as 23, então era muito ausente e não sabia da rotina da casa.

 




                A esposa era sempre muito atenciosa e carinhosa com os filhos, nunca a viu ser agressiva com ninguém. Ele sabia que a menina dormia na area de serviço, e que não estava mais na escola. Tambem referiu que, duas semanas antes, ela disse a ele, que a esposa tinha quebrado o dente dela, mas que quando conversou com Silvia, ela disse ter sido um acidente e que estava tudo bem.

 

                E foi nesse depoimento que a polícia descobriu que Lucélia, não tinha sido a primeira criança “adotada” por Silvia.

 

                Antes de morarem no duplex, a família Calabresi morava em uma casa, num condomínio fechado, com piscina, espaço, e foi nessa casa, que outras 5 crianças, haviam passado.

 

                Depois de toda repercussão, a mãe de uma criança de 11 anos, procurou a polícia e denunciou que a filha, morou por 5 meses com Silvia, quando tinha 5 anos. Ela se ofereceu para criar a menina, vendo que os pais não tinham condições. A mulher, Jaqueline Sueli, trabalhava em um salão, como manicure, em frente a uma loja de Silvia.

 

                A escola da menina, denunciou Silvia por maus tratos e foi quando Jaqueline soube o que estava acontecendo. A criança foi encaminhada para um abrigo. O relato da menina era de ficar trancada em um banheiro com as mãos amarradas para trás, ser queimada com ferro de passar roupa e ser agredida constantemente com uma mangueira de água.

 

                Naquela época, Silvia só foi condenada a pagar cestas básicas, pela acusação de maus tratos.

 

                Outra menina era Lorena Coelho Reis. Lorena trabalhou na casa dos 15 aos 16 anos. Sem receber, sem poder se alimentar e proibida de falar com os pais.

 

                Depois de convencer Silvia a fazer uma pequena comemoração no seu aniversario de 16 anos, na casa do seu pai, ela conta a ele tudo o que estava acontecendo e não volta mais.

 

                Durante os 9 meses em que ficou no abrigo, Lucélia ganhou bicicletas, tratamento médico, odontológico, cirurgia plástica de reconstrução e estudos pagos, caso quisesse, até completar a faculdade.

 





                A delegada Adriana, indiciou Silvia e Vanice pelos crimes de tortura, maus tratos e cárcere privado. Marco Antônio e Thiago, filho mais velho do casal, por omissão de socorro e Joana, mãe de Lucélia, foi acusada de entregar o filho a terceiro mediante pagamento.

 


Thiago Calabresi



                Silvia dava as vezes, dinheiro para que ela custeasse a passagem para vir a Goiânia e chegou a pagar algumas contas de luz dela, o que para a polícia era provável indício de que a menina foi dada sob promessa de pagamento.

 

                Silvia Calabresi deu uma entrevista ao Fantástico e confirmou ter sido a mandante dos maus tratos, não tortura e que, para ela, tudo o que fazia era para educar a menina.

 

                Após decisão da justiça, os pais perderam a guarda de Lucélia.

 





                Lucélia conta que, no periodo que estava no abrigo, recebeu uma carta com o trecho de uma música da Ana Paula Valadão que ela amou e acabou dizendo em uma entrevista que queria muito conhecê-la. Ela acabou indo ao aeroporto de Goiânia, conhecer a Ana Paula e lá, ela tambem conheceu uma pastora, chamada Ezenete e que, após abraçá-la e perguntar se ela a amava, algum tempo depois, foi surpreendida com a notícia de que iria para Belo Horizonte, passar 15 dias com a Pastora Ezenete e a família dela, que queria adotá-la.

 


                O julgamento de Silvia aconteceu em junho de 2008. Foi condenada a 14 anos, 11 meses e 5 dias em regime inicial fechado. Vanice tambem foi condenada em 2008 a 7 anos de reclusão.

 




                Marco Antônio foi condenado a 1 ano e 8 meses, comutados em serviços comunitários.

 




                Joana e Thiago acabaram sendo absolvidos das acusações.

 

                Os Calabresi foi tambem condenado a pagar uma indenização no valor de R$300 mil a vítima e de R$ 80 mil de verbas trabalhistas tambem.

 

                Posteriormente a condenação, os advogados de defesa de Silvia, pediram exame de insanidade mental, que foi negada pelo Superior Tribunal de Justiça. A alegação era de que, Silvia foi vítima de abusos sexuais na infância e que isso a deixou com transtornos. O que motivou sua conduta.

 




                Em 2014, 6 anos presa, Silvia foi para o regime semiaberto com uso de tornozeleira.

 

                Lucélia foi adotada pelo casal de pastores de BH, Ezenete e seu esposo. Mas, depois de 9 meses, Lucélia pediu para ir para Goiânia, ficar com o pai.

 









                Lucélia hoje é missionaria evangélica. Casou-se aos 19 e tem 2 filhos, Miguel e Mateus e, esta gravida de 5 meses do seu 3º filho, Marcos.

 





                Lucélia hoje viaja pelo Brasil indo a igrejas dar o seu testemunho e pregar.

 




                Tambem diz ter perdoado Silvia.

 




                Naquele dia, antes da polícia a encontrar, ela fala nos testemunhos, nas entrevistas que orou, ela disse a Deus:


           “Papai do céu, por que eu estou nesse lugar? Por que eu estou aqui? Deus, eu tenho meu pai, eu tenho minha mãe, meus irmãos. Porque eu sofro tanto, Senhor? Deus, se o Senhor existe mesmo, me tira daqui, se não, eu prefiro morrer. Eu não consigo mais sofrer. Se o Senhor existe, me tira desse lugar.” 



 

                Ela mante contato muito próximo com os pais. Mora em Goiana, em 2020 ela se candidatou a vereadora em Goiânia, mas não conseguiu se eleger.

 

                Tanto a policial que a encontrou, quanto a delegada Adriana, foram madrinhas de casamento de Lucélia e seu marido, Hystenio.

 




        

 Fontes de Pesquisa:


Record Goias

Sedep

Wikipedia

G1

 G1

 JusBrasil

Blog Paulo Lopes

Correio Braziliense

Senado

Recort TV

Youtube

Revista Renascer

Youtube

               

               


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